O termo barbarismo é
derivado da palavra bárbaro, ou seja, aquele que é contrário às regras
ou ao seu uso, que age de maneira incorreta. De acordo com o Dicionário
Houaiss da língua portuguesa, uma das significações de barbarismo “é o
uso de formas vocabulares contrárias à norma culta da língua”. Os
barbarismos ocorrem sem que sejam percebidos, pois acontecem por
ignorarmos a norma padrão que rege o uso de algumas palavras ou
expressões. Veja abaixo alguns exemplos em que o barbarismo ocorre:
Barbarismo ortoépico:
Pneu por peneu.
Rubrica por rúbrica.
Gratuito por gratuíto.
Barbarismo ortográfico:
exceção por excessão.
Proeza por proesa.
Barbarismo gramatical:
quando eu vir por quando eu ver.
Ela está meio cansada por ela está meia cansada.
Barbarismo semântico (sentido das palavras e da interpretação das sentenças):
ir de encontro a (chocar-se com) e ir ao encontro de (estar a favor de, na direção de).
Barbarismo morfológico:
cidadãos por cidadões.
Um telefonema por uma telefonema.
Barbarismo mórfico:
filmoteca por filmeteca.
Antediluviano por antidiluviano.
aeronáutica por areonáutica.
Quando o erro é proposital, o barbarismo
pode ser classificado como figura de linguagem usada para conferir
maior expressividade à intenção de quem escreve. Fora dessa concessão, o
barbarismo é qualificado como um erro que pode, eventualmente,
comprometer uma situação comunicativa. Os vícios de linguagem ocorrem
principalmente por descuido ou por desconhecimento da grafia ou
pronúncia correta de uma palavra ou expressão. O termo barbarismo
já foi empregado também para designar os erros cometidos por
estrangeiros durante o processo de aquisição de linguagem, quando tentam
adaptar à língua materna expressões de outra língua da qual são
aprendizes
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